Projeção cartográfica
- A projeção cartográfica é definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
- Eqüidistantes: mantem distâncias lineares, mas apresentam distorções nas áreas enas formas terrestres.
- Conformais: conservão as formas terrestres, mas apresentão distorções em relação às áreas representadas.
- Equivalentes: apresentam formas distorcidas, mas as áreas mantêm o mesmo valor da área real. Os ângulos do planisfério ficam deformados
Projeções.
- Projeção cilíndrica é a projeção cartográfica em que o esferoide (ou parte do esferoide) é projetado sobre um cilindro tangente ou secante.
- No caso da projeção de uma esfera sobre um cilindro tangente ao seu equador ou secante em dois paralelos de mesma latitude absoluta (a projeção cilíndrica equatorial), os meridianos e paralelos são representados por linhas retas paralelas, fazendo um ângulo de noventa graus entre si, sendo a distância entre meridianos constante.
- Projeção cônica é um tipo de projeção cartográfica em que a superfície da Terra é representada sobre um cone imaginário, que está em contato com a esfera em determinado paralelo,[1] ou em que o cone intercepta a esfera em dois paralelos.
Por essa projeção, obtém-se mapas ou cartas com meridianos formando uma rede de linhas retas, que convergem para um ponto, e paralelos constituindo círculos concêntricos que têm este ponto como centro.[1] Um dos pólos (e, eventualmente, o outro) é representado por este ponto de convergência, ou por um arco de círculo cujo centro é este ponto.
Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximo ao(s) paralelo(s) de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas representadas estão mais distantes.
- Projeção azimutal é a projeção cartográfica que se obtém sobre um plano tangente a um ponto qualquer da superfície terrestre o qual ocupa o centro da projeção. Classifica-se como projeção azimutal polar, projeção azimutal equatorial e projeção azimutal oblíqua, conforme o ponto central seja, respectivamente, um pólo, um ponto no equador ou um ponto intermediário entre o equador e o pólo.
No caso do plano ser tangente ao pólo, os paralelos aparecerão representados nos círculos concêntricos, que tem como centro o pólo e os meridianos no lugar dos cardeais, convergindo todos para o ponto de contato. Neste tipo de projeção, as deformações são pequenas nas proximidades do pólo, mas aumentam à medida que nos distanciamos do centro e o mesmo efeito se aplicaria quando a projeção é feita num determinado paralelo de latitude nesse caso os cardeais indicariam os rumos e as coordenadas, a partir do ponto de contacto, sofreriam distorções.
Projeção de Mercator
- Tal como em todas as projeções cilíndricas, os meridianos e paralelos são representados por segmentos de reta perpendiculares entre si, e os meridianos são paralelos. Essa geometria faz com que a superfície da Terra seja deformada na direção leste-oeste, tanto mais quanto maior for a latitude.Na projeção de Mercator, o espaço geografico entre os meridianos adjacentes aumenta com a longitude, de modo a que aquela deformação (na direção Sul-Leste) seja acompanhada por idêntica deformação na direção norte-sul, como conseqüência, a escala do projeto aumenta também com a latitude, tornando-se infinita nos pólos , o que impede a sua representação . Tratando-se de uma projeção conforme, a escala não varia com a direção e os ângulos são conservados em torno de todos os pontos.
Projeção de Gall-Peters
A Projeção de Gall-Peters é um tipo de projeção cartográfica dita cilíndrica e equivalente. As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, o que resulta numa reprodução fiel das áreas dos continentes à custa de uma maior deformação do formato dos mesmos. Esta projeção surgiu em 1973, e suscitou debates acalorados entre os cartógrafos, devido às implicações políticas de suas características.
A projeção de Gall-Peters é dita "terceiro-mundista", por dar um realce maior às nações que historicamente compõem a parte mais pobre do mundo. Arno Peters o batizou de "mapa para um mundo mais solidário". Embora conserve a mesma distorção em longitude, os países situados em altas latitudes são relegados a um segundo plano, ao contrário da projeção de Mercator. A maior diferença da projeção de Gall-Peters para a representação de Mercator é o achatamento do continente europeu e alongamento do continente africano. Todavia, continua sendo um mapa pouco conhecido, e poucas editoras fazem menção a ele em seus livros e cartas geográficas.